Segurança do Paciente: assegurando os cuidados e execução de protocolos
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Segurança do Paciente: assegurando os cuidados e execução de protocolos

A Segurança do Paciente não é um item opcional quando se fala na área da saúde, trata-se de uma obrigação. E para assegurar que uma instituição está segura é comum:


  • Criar protocolos de segurança;

  • Aplicar métodos para controle de qualidade dos processos;

  • Elaborar manuais com boas práticas para evitar incidentes e erros, etc;


Você sabe como adotar essas práticas? Uma dica é começar com a Metodologia Lean! No post de hoje iremos falar mais acerca do tema, além de explicar sobre o que é segurança do paciente e quais protocolos são recomendados para esfera da saúde. Continue a leitura para saber mais!



O que é e como assegurar a segurança do paciente?


Para garantir que os pacientes terão uma experiência de excelência na instituição em que atua é preciso repensar sobre o que é qualidade para você.


Feito isso, pense nos indicadores e processos que ocorrem no seu trabalho - desde o atendimento até o momento após consultas, alta ou realização de uma operação, por exemplo – para então mapeá-los com apoio da matriz SIPOC, fluxogramas, dentre outras ferramentas à escolha.


Os indicadores e protocolos serão essenciais para execução das atividades diárias. Sabendo disto, fizemos um vídeo sobre os tipos de indicadores que existem:



Dentre os protocolos do Programa Nacional de Segurança ao Paciente do Brasil, estão:

  • Protocolo para cirurgia segura;

  • Protocolo para a prática de higiene das mãos em serviços de saúde;

  • Protocolo para prevenção de úlcera por pressão - UPP

  • Protocolo de prevenção de quedas;

  • Protocolo de identificação do paciente;

  • Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos.

Na imagem a seguir é possível ver quais indicadores podem ser aplicados no protocolo voltado para prevenção de quedas. Posteriormente, será facilitado o monitoramento e otimização dos padrões de segurança na sua instituição.

Indicadores para Prevenção de Quedas. Ministério da Saúde (2013)

Cada um dos protocolos – seja o de cirurgia segura ou prevenção de quedas - irão abranger diferentes indicadores. Posteriormente, caso ocorra alguma variação nesses indicadores, basta aplicar a metodologia Lean Six Sigma ou método SDCA, por exemplo, para analisar problemas, reduzir a variabilidade nos processos e padronizar resultados.


Em complemento, retornando à pergunta desse tópico, para assegurar a segurança do paciente é mais do que válido:


  • Escolher um modelo de gestão claro, que irá moldar seu negócio;

  • Pensar em metodologias ágeis para adotar na sua instituição;

  • Definir protocolos e os indicadores para o local;

  • Obter certificações de qualidade para se destacar no nicho em que atua.

Como escolher um Modelo de Gestão?


Bem antes de aplicar protocolos de segurança é importante adotar um modelo de gestão para sua unidade de saúde. O Modelo de Gerenciamento Mckinsey, por exemplo, tem sete elementos (7S):

  1. Estratégia

  2. Estrutura

  3. Sistemas

  4. Valores compartilhados

  5. Estilos

  6. Funcionários e

  7. Habilidades

Os três primeiros são considerados "hard elements": elementos fáceis de identificar, geralmente traçados pela gerência e profissionais do nível estratégico. Já os outros quatro são os "soft elements": elementos difíceis de perceber e mensurar, haja vista que nem sempre são tangíveis.


Tudo começa pela estratégia, onde é feito o planejamento estratégico e posicionamento da empresa. Logo em seguida, a estrutura é colocada em foco, assim como o organograma, ferramenta importante para definição dos papéis na sua unidade de saúde.

Os sistemas são o apoio do negócio, englobando as tarefas e processos executados diariamente. Contudo, para manter essas atividades em dia, seguindo o que foi planejado pela estratégia, é vital que seja desenvolvida a cultura organizacional na empresa, difundindo valores que sejam compartilhados por todos.


Nesse caso, os estilos de gestão e modo de liderança adotados pelos gestores irá colaborar para que isso ocorra. E para seguir em rumo à melhoria contínua será preciso desenvolver as habilidades (soft e hard skills) dos colaboradores, sempre prezando pelo bem-estar e pela valorização do conhecimento intelectual dos funcionários.

Metodologias e ferramentas ágeis para área saúde


Depois de colocar em ordem um modelo de gestão, podemos partir para aplicação das metodologias e ferramentas ágeis - ambas essenciais para área da saúde e agregação de valor ao paciente.


Scrum:


Metodologia para gestão de projetos. Ao adotá-la você irá organizar melhor os projetos da sua instituição (os que precisam ser feitos, que estão sendo executados e aqueles já concluídos). Vale destacar que, dentro de cada projeto, existem atividades com prazos e prioridades variadas.


No scrum os projetos costumam ser delegados por tempo de sprint (um tempo pré-determinado para execução de projetos). Durante o sprint ocorrem reuniões para reportar o andamento das atividades, enquanto no final os projetos são reportados aos superiores, responsáveis por verificar os resultados e pontos de melhoria junto com o time.


Metas SMART:


É ágil porque auxilia na criação de metas inteligentes e assertivas, de maneira simplificada. As metas SMART são específicas, mensuráveis, realísticas, atingíveis e temporais, ou seja, têm um prazo para serem atingidas.



Relatório A3:


Refere-se a um documento que sintetiza as principais informações dos projetos de melhoria criados para sua unidade de saúde - que vão desde os responsáveis, até definição do objetivo, indicadores do projeto, etc. O Relatório A3 é uma das ferramentas ágeis que podem ser aplicadas no Lean.


Metodologia Lean:


Na área da saúde é inevitável falar em Lean sem mencionarmos acreditação.


O primeiro termo é uma metodologia que visa agilidade, organização, maximização do valor agregado aos pacientes e menos desperdícios, enquanto o segundo se refere à certificação de qualidade que os hospitais e clínicas podem obter para comprovar a excelência do local, seja no âmbito da gestão ou da qualidade.


Vale salientar que um dos pontos importantes da qualidade é a Gestão do Cuidado. Seus colaboradores têm de estar engajados para garantir o melhor tratamento aos pacientes, com abordagens humanizadas. Para isso, a equipe de assistência, por exemplo, precisa fazer mais do que apoiar e gerenciar médicos ou enfermeiros: devem se voltar para os procedimentos de cuidado com os pacientes.


Para que isso ocorra, os gestores do local têm de desenvolver uma cultura de segurança dentro da unidade de saúde. Abaixo, listamos algumas dicas de como começar:

  • Implantando um núcleo voltado à segurança;

  • Criando barreiras efetivas para que determinados eventos não ocorram;

  • Treinando a equipe para trabalhar com notificações e reportar itens importantes;

  • Adequando-se às ferramentas de processos e melhoria contínua do Lean .


Ferramentas do Lean para segurança e organização


Dentro do Lean uma etapa importante é o mapeamento do fluxo de valor. Após realizá-la, seu hospital terá ganhos na organização dos processos e redução de problemas, considerando que gargalos tendem a ser eliminados com apoio do Analista de Processos, Gestores e um profissional com certificação na metodologia Lean Six Sigma.


Dentre as ferramentas lean para segurança e organização, temos:


  • Organização do ambiente de trabalho: Programa 5S;

  • Prevenção de falhas humanas e defeitos: Poka-Yoke;

  • Organização de processos e atividades: Kanban, Mapeamento do Fluxo de Valor (MFV), Diagrama de Espaguete, entre outros.


Todas podem ser aplicadas em projetos de melhoria na área da saúde. Ao aplicar o Lean em sua unidade de saúde, já estará dando o primeiro passo para o aumento da qualidade no local. E quando falamos na qualificação de uma instituição, seja na parte de processos, organização do ambiente ou protocolos de segurança, é preciso buscar por certificações.


Certificações de Qualidade ONA


No âmbito da acreditação hospitalar a ONA (Organização Nacional de Acreditação) é a instituição mais buscada pelos Gestores do país. Se você busca obter uma Certificação de Qualidade ONA para atestar a segurança no seu local de trabalho (ONA 1), por exemplo, um passo será pra organizar processos e protocolos na sua unidade de saúde.


Existem três selos de qualidade no que se refere à certificação da ONA, são eles:


  • ONA 1: segurança (válido por 2 anos)

  • ONA 2: gestão integrada (válido por 2 anos)

  • ONA 3: excelência em gestão (válido por 3 anos)


Para o primeiro selo (ONA 1) é essencial pensar nos processos da sua instituição, assim como nos padrões de segurança para garantir uma boa experiência aos pacientes.


O segundo já abrange indicadores e ações focadas na gestão da sua unidade de saúde, enquanto a ONA 3 seria a o padrão de excelência no local de trabalho – ou seja, quando é provado que seus processos, indicadores e gestão estão alinhados.


No vídeo abaixo falamos sobre como obter a certificação:



A equipe da Gestão Dorsal pode preparar a sua instituição para obter a certificação de qualidade, sabia? Para isso atuamos na Gestão Plena do seu negócio ou mesmo em áreas específicas, como de Gestão Financeira, Processos e Qualidade. Entre em contato conosco para saber mais: contato@gestaodorsal.com


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